sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Resumo simplificado do conflito árabe-israelense

Resumo bem simplificado do conflito árabe-israelense
Adaptado do texto de Lucas Coutinho

Palestina e Israel travam mais uma vez sua briga histórica, que se confunde com a própria história da humanidade. Tentarei hoje cumprir a difícil missão de fazer um arremate histórico para que todos possam entender o porquê do conflito naquela região. 

Há 4.000 anos os Hebreus voltaram para onde hoje fica o território palestino em busca da Terra Prometida, momento do surgimento do Judaísmo e da fundação de Jerusalém. Esse povo foi escravizado pelos assírios (atuais sírios), persas (atuais iranianos), egípcios e pelos romanos, que estavam no poder durante a vida de Cristo e que expulsaram os judeus, que foram para Europa na chamada diáspora.

Muitos anos se passaram e no século XIX acontece um fenômeno chamado sionismo, onde o povo judeu volta da Europa para sua Terra Prometida, no intuito de estabelecer um estado judaico. Alguns conflitos entre Islâmicos e Judeus começam a acontecer durante o mandato britânico sobre aquela região, mas surge a 2ª Guerra Mundial e os judeus são dizimados pelo nazismo. Terminada a guerra é fundada a ONU, que cria, em 15 de Maio de 1945, o estado judaico que o povo judeu queria no sionismo, surgindo assim o estado de Israel.


Após isto, dezenas de conflitos passam acontecer entre Israel e os países islâmicos, que desejavam que ali houvesse um estado palestino, que também seria islâmico. Israel por sua vez tem apoio econômico e militar, até hoje, dos Estados Unidos, que possui várias empresas que foram fundadas e pertencem a judeus, além de terem um grande interesse em ter um parceiro naquela região tão conflituosa. Ao lado o mapa mostra como o estado de Israel cresceu após sua fundação, graças ao apoio estadunidense. Em amarelo o que foi definido pela ONU e em laranja o que foi anexado com o tempo.


Em 1967, em um dia sagrado em que as pessoas se recolhem, Israel recebeu um ataque surpresa de Egito, Jordânia, Síria e Líbano. Este fato foi chamado de Guerra dos Seis Dias, e o povo de Israel (que tem por obrigação servir ao exercito por pelo menos dois anos), contando novamente com o apoio dos Estados Unidos, entrou numa briga, que resultou em um novo crescimento de seu território, tomando a Cisjordânia (local onde atualmente estão os palestinos), o sul da Síria e toda a Península do Sinai, no Egito. Dessa forma o território de Israel, que em sua fundação tinha 14km², passa a ter 84km². O mapa a esquerda mostra o território (em amarelo) que passou a pertencer a Israel.


Isto gerou uma revolta dos países islâmicos que retaliaram, gerando a Crise do Petróleo, que nos anos 70 fez que o barril de petróleo subisse de US$ 3 para US$ 18, afetando diversos países do ocidente, inclusive o Brasil. Na década de 80, em um acordo do Egito com Israel, a Península do Sinai foi devolvida ao Egito, em troca eles reconhecem o estado de Israel, ‘traindo’ assim os outros estados palestinos.

Avançando um pouco na história chegamos aos anos 2000, onde num acordo a Faixa de Gaza (menor área em lilás na imagem ao lado) é devolvida aos Palestinos. Todavia entramos em outro conflito: Dentro dos palestinos existem dois grupos Fatah (que está no poder) e Hamas (grupo radical). O acordo para Israel devolver a Faixa de Gaza foi com o Fatah, mas o Hamas tomou o controle da região. Daí Israel revoltou-se, e gerou um embargo econômico na região e bloqueou até mesmo a passagem de ajuda humanitária.


Existem também conflitos na Cisjordânia, onde fica Jerusalém, dividida em áreas judaicas e palestinas, e que é considerada por muitos a capital de Israel, apesar de a ONU reconhecer Tel Aviv. A Cisjordânia tem maioria islâmica, mas tem vários pontos de controle Israelense, o que gera conflitos, que também existem em Golã, disputada com a Síria, e no norte de Israel e sul do Líbano, onde existe o grupo radical Hezbollah, que também é islâmico e joga bombas em Israel, que por sua vez reage contra o Líbano que aceita a existência do grupo terrorista.

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